Hoje nos iremos falar sobre a culinária africana.
Se alguma vez existiu uma culinária africana, no sentido de típica de todo o continente – o que é pouco provável, devido as suas enormes dimensões, tanto geográficas como humanas – essa culinária perdeu-se ao longo da história.
Os africanos, como os povos dos restantes continentes, receberam “frutos” de todo o mundo, que incorporaram na sua dieta, assim como as próprias técnicas culinárias. O norte da África, onde se tornou habitual o cultivo do trigo (incluindo a Etiópia e o norte do
Sudão) – esta culinária é desenvolvida na culinária mediterrânica – e a África subsaariana onde, em geral, não é o trigo, mas outros vegetais farináceos que constituem a base da alimentação – é desta região que o presente artigo se debruça.
Então uma refeição “tipicamente africana” – normalmente consumida ao fim da tarde, depois do dia de trabalho, é formada por um grande prato de arroz ou massa de um dos vegetais mencionados acima, que é normalmente dividido criteriosamente pelos membros do agregado familiar e uma panela com um guisado ou uma salada que acompanha um peixe ou naco de carne grelhada.
Em relação a este “caril” (como se chama ao acompanhamento mais ou menos proteico da refeição em Moçambique), a divisão já tem regras mais rígidas, relacionadas com a divisão de trabalho na sociedade tradicional: o chefe da família tem direito ao melhor bocado, a seguir os restantes adultos e as crianças ficam praticamente com os restos, uma vez que durante as suas brincadeiras elas sempre vão comendo frutos ou mesmo um passarito que lhes apareça a frente.
Pesquisa realizada por Gabriela Sato
Francini Grecco
Poliana Assis
Flávia Ueda
Beatriz Crepaldi